Dor Cervical

24.04.23

A dor cervical, também chamada de cervicalgia, nada mais é do que a dor na região do pescoço.

Para além das cargas com que lidarmos atualmente, estamos constantemente em frente a ecrãs de computador e telemóveis levando assim a uma maior incidência deste tipo de dor, que pode vir a limitar os movimentos de inclinação e rotação da cabeça.

 

Mas como posso verificar se sofro de cervicalgia?

Recordamos aqueles pequenos e discretos movimentos que fazemos, ao conduzir por exemplo, que nos são banais? São estes que começam lentamente a diminuir e nos obrigam a rodar o corpo para vermos melhor a estrada!

De acordo com Global Burden of Disease Study (Carga Global de Morbidade) 2010, a dor cervical (cervicalgia) é a quarta causa principal de anos perdidos por incapacidade, classificada atrás das dores nas costas, depressão e artralgia. Aproximadamente 50% dos indivíduos afetados continuarão a experienciar algum grau de dor ou ocorrências frequentes, causando um impacto físico, psicológico e económico que se encontra em constante avaliação. Algumas pesquisas recentes demonstram que pessoas com sobrepeso e/ou obesos podem estar mais predispostos à dor no pescoço.

A incidência desta dor incide mais em mulheres do que em homens e pode estar relacionada com fatores genéticos, problemas do sono, tabagismo, depressão, ansiedade, má gestão da dor e, não menos importante, no estilo de vida sedentário! Regra geral, o sedentarismo leva a perda da força muscular, sobrecarga articular, contraturas e consequentes dores.

Os fatores de risco para dores no pescoço incluem:trauma (p.e. lesões traumáticas sobre a cabeça ou golpe de chicote, o qual é muito comum em acidentes de viação); certas lesões desportivas (p.e. luta livre, hóquei no gelo, futebol, entre outros desportos, são mais propensos a este tipo de lesões); trabalhadores de escritório (devido ao tempo prolongado em frente ao computador ou sem alteração postura); trabalhadores manuais (com ou sem sobrecarga no seu posto de trabalho).

 

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Mas porque dói?

As cervicalgias resultam de alterações que geram desgaste ou inflamação nos tecidos moles (músculos, ligamentos, nervos) ou nas estruturas articulares e ósseas da coluna cervical. Podem ser classificadas de acordo com a duração: aguda (menos de 6 semanas); subaguda (3meses); crónica (mais de 3 meses).

Devido a estas alterações se classificarão suas origens, que podem ser:

· Neuropática: deriva de lesão ou doença envolvendo o sistema nervoso periférico (irritação das raízes nervosas) - exemplos mais comuns são sintomas de hérnia discal, osteófitos (bicos de papagaio) e estenose espinal (estreitamento do canal espinhal), que podem irradiar para os ombros ou braços, de acordo com o trajeto de inervação (dermatoma) da raiz afetada;

· Mecânica: originada na coluna vertebral ou nas suas estruturas de suporte- ligamentos e músculos (dor miofascial- irradiada para a cabeça, ombro e costas, sem dermatoma);

· Secundária: dor de estomago, do coração, entre outros.

 

Os sintomas mais comuns:

· Dor na cabeça;

· Dor que “vai para o braço”;

· Rigidez articular;

· Formigueiros;

· Diminuição da sensibilidade;

· Peso no pescoço;

· ”Facada”;

· Choque;

· Alteração da sensação de temperatura do braço e/ou mão;

· Queimação.

 

Dor na cervical vs dor irradiada para o braço

Sim é possível, e mais comum do que pensamos, pois a Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT), causada pela compressão do plexo braquial (nervos que vão para os braços), da artéria subclávia e veia subclávia na região anterior do pescoço próximo da clavícula, do esterno e primeira costela.

Estas estruturas de inervação e vascularização podem ser comprimidas por contraturas dos músculos peitoral menor e subclávio, que se localizam entre a clavícula e a primeira costela, e gerarem sintomas de formigueiro e mão fria. Tal dor pode piorar se fizermos movimentos de repetição ou por exercício feitos de forma inadequada.

São muitos os tratamentos disponíveis atualmente. A fisioterapia, associada à prática de exercícios específicos e a mudança de hábitos de vida, promovem uma melhoria, a longo prazo, bem como uma diminuição da reincidência destes sintomas. O tempo de recuperação varia em função da origem da cervicalgia.

 

Artigo da nossa Fisioterapeuta Elaine Duran

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